Estou laranja.
Não a cor. A fruta.
A laranja é cortada e lá estão seus bagos: expostos, frágeis.
As peles que os recobrem parecem, agora, camadas tão finas... cicatrizes fáceis de voltarem a ser feridas.
Cortam, repartem, dividem-a. Depois espremem. Até a última gota. Até deixá-la seca. E, então, deixam-a.
a culpa não é da laranja. Ela havia tentado continuar. Ela era verde para que quando pedissem: laranja! ela pudesse se esconder. Se esconder não foi a melhor saída.
Virou suco, perdeu os caroços guardados a sete chaves.
...
Hoje estou um bagaço.
"Uma letra junto da outra e a palavra ganha a vida que eu sonhei pra ela!" (vss.leandro)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Matrix'
"Há calma, na pausa do movimento. Fascinante é perceber isso!
Fotografia é um relógio parado."
Fotografia é um relógio parado."
para uma amiga"
" , ela paralisa o relógio, com sua arte, fotografando nossas lembranças.
Muda de opinião, de cabelo, de lugar, mas sendo sempre a mesma.
Ela vive de movimento e seguindo-o: muda.
Precisa-se de metamorfose, ou as fotos sairão repetidas.
Captando essências, descobrindo cores,
enxergando detalhes, ela vai seguindo...
sem usar ponto final,"
(para: Evelyn Manrique, )
segunda-feira, 27 de julho de 2009
ponto de vista.
" a ciência é uma das coisas mais subjetivas que conheço.
Estão todos tentando comprovar pensamentos. Mas ideia não é matéria.
Tanta exatidão sempre chega ao erro. Nada tem definição certa. Se pergunto o por quê, respondem-me, mas se insisto na pergunta, meu por quê não acha mais resposta.
arrisco: tudo é subjetivo. lógico: toda ciência é humana."
Estão todos tentando comprovar pensamentos. Mas ideia não é matéria.
Tanta exatidão sempre chega ao erro. Nada tem definição certa. Se pergunto o por quê, respondem-me, mas se insisto na pergunta, meu por quê não acha mais resposta.
arrisco: tudo é subjetivo. lógico: toda ciência é humana."
domingo, 26 de julho de 2009
o ar em movimento"
,na medida certa.
"Um crítico não deve elogiar tanto uma obra, se não o artista perde a inspiração, achando que já deu tudo de si."
...faltando um pedaço.
"Fiquei algum tempo longe dos livros, longe de mim. Ah... Que falta me fizeram papel e caneta na mão. Havia tanta coisa, havia tanto verso e palavras e letras a serem escritas... Sinti falta do correr da caneta, de ver a tinta sendo gasta, de ver a lixeira cheia de meus papéis avulsos, meus papéis amassados, meus papéis cansados.Voltei a pouco ao meu trabalho amador, às minhas produções independentes de tudo. Escrevo, mas sempre falta, falta, falta alguma frase que nem as entrelinhas suprem. Isso não é motivo para parar de escrever (descobri quase agora), pelo contrário, é o que dá gás. É a pergunta que nos faz buscar respostas. Talvez no texto me falte o clandestino, o que não quer ou não pode sair de meu pensamento. Sigo, agora, em paz. Precisamos de certa escuridão para buscar luz."
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