'' Quem sou eu?
uma Borboleta.
Mas antes, fui lagarta.
Rastejei muito para hoje voar.
Criar asas não é tarefa fácil.
Já sofri muitas mudas... e continuo...
sou essa metamorfose ambulante.
Mas ninguém sabe,
ninguém quer saber como dói o nascer das asas e, mais ainda,
como dói cair de um precipicio para descobrir como batê-las.
Entre as flores, só reparam meu brilho de hoje.
Entre as nuvens, só veem a altura alcançada.
Se chegassem mais perto ....
me colocando bem debaixo de seus olhos,
veriam-me lagarta.
De verdade, talvez aí,
só aí... o deslumbramento se acabe.''
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